O Grande Plano da Criação

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O Grande Plano, ou Manvantara da escolástica oriental, que os hindus também classificam de uma “pulsação” ou “respiração” completa de Brahama, ou Deus, é o “tempo exato” em que o Espírito Divino “desce” até formar a matéria e depois a dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior.
Um Grande Plano abrange a gênese e o desaparecimento do Universo exterior, dividido em duas fases: o “Dia de Brahma”, quando Deus expira ou se processa a descida angélica até atingir a fase derradeira da matéria ou energia condensada; e a “Noite de Brahma, quando Deus aspira ou se dissolve o Cosmo exterior constituído pelas formas.
Assegura a vossa ciência que o Universo se encontra em fase de contínua expansão; assemelha-se a gigantesca explosão dilatando-se em todos os sentidos. (1)
Desde os velhos iniciados dos Vedas e dos instrutores da dinastia de Rama, esse tempo de expansão, que é justamente quando Deus cria e depois dissolve o Universo exterior, é conhecido por Manvantara, e significa um período de atividade e não de repouso, podendo ser concebido no Ocidente como um “Grande Plano” ou “Respiração” completa do Criador, dividida na diástole e sístole cósmicas.
O Universo é a sucessão consecutiva de Manvantara ou “Grandes Planos”, a se substituírem uns aos outros, nos quais formam-se as consciências individuais, que nascidas absolutamente ignorantes e lançadas na corrente evolutiva das cadeias planetárias, despertam, crescem, expandem-se, absorvem o “bem” e o “mal” relativos às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu próprio destino, atingem o grau de angelitude!
Deste modo, os espíritos angélicos, como consciências participantes do Grande Plano, passam então a orientar e “guiar” aqueles seus irmãos, almas “infantis” que vão surgir no próximo Grande Plano ou Manvantara vindouro. Esta é a Lei Eterna e Justa; os “maiores” ensinam os “menores” a conquistar também sua própria Ventura Imortal!
A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço, para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago a criar outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral. (2)

O Sublime Peregrino
Ramatís / Hercílio Maes

(1) É o que diz a Teoria do Big Bang: vivemos num universo em expansão, resultado de uma gigantesca “explosão”. Essa concepção, que reproduz notavelmente os ensinamentos milenares do hinduísmo, só pôde ser formulada depois que as pesquisas de Edwin Hubble e outras mais recentes permitiram constatar que as galáxias estavam se afastando aceleradamente, como numa explosão de fogos de artifício.
(2) Nesse estágio, a consciência se tornou um Logos Solar, fonte de vida, energia e sustentação de um sistema solar, que transmite a Luz do Foco Central do Universo – Deus.